O que precisas de saber sobre o teu protetor solar

A Vitamina D é muito importante para o bom funcionamento do nosso organismo, tendo um papel fundamental na formação de células sanguíneas, no fortalecimento dos ossos, na produção de melanina⁽¹⁾, na absorção de cálcio e fósforo dos alimentos e a nível dos sistemas nervoso e imunitário⁽²⁾.

A boa notícia é que a Vitamina D pode ser produzida pela nossa própria pele, através da exposição aos raios ultravioleta (UV). Para mantermos os níveis de Vitamina D altos, são aconselhados, no mínimo, 5 a 15 minutos de exposição solar do rosto, mãos e pernas, entre duas a três vezes por semana⁽¹⁾.

Mas, como tudo o que é em excesso faz mal, também a exposição solar excessiva tem as suas consequências negativas. Além de aumentar o risco de cancro da pele e levar ao aparecimento de rugas, manchas e queimaduras, o calor gerado no organismo pela incidência de raios UVA e UVB é também responsável pelo aumento dos radicais livres, que levam ao envelhecimento precoce da pele⁽³⁾.

É aqui que entra a importância da fotoproteção. Além do uso de protetor solar, devemos dar preferência a zonas com sombra, usar chapéu e ter o cuidado de evitar as horas de maior calor – entre as 12h e as 16h⁽²⁾.

A forma complementar de fotoproteção mais importante, mais natural e menos falada, talvez seja por via oral, através daquilo que comemos. Com uma abordagem “inside out” (de dentro para fora), podemos reforçar a resistência da nossa pele, por exemplo, com alimentos ricos em antioxidantes, que ajudam a reduzir o processo de inflamação e o stress oxidativo que os raios ultravioleta provocam na pele⁽³⁾.

No entanto, isto não acontece do dia para a noite. Alguns estudos indicam ser necessárias várias semanas de uma dieta rica nestes nutrientes para atingir um nível de fotoproteção eficaz e seguro, pelo que não devemos prescindir do uso de protetor solar de forma total e imediata.

Mas, será que os protetores solares que usamos são seguros para a nossa saúde?

Tal como é importante protegermos a nossa pele da exposição solar excessiva, é também importante escolhermos um protetor solar que não prejudique a nossa saúde e o Ambiente.

A exposição contínua aos filtros químicos usados em protetores solares tem sido motivo de preocupação, principalmente por não existir informação suficiente acerca da maioria dos ingredientes, que garanta a segurança do seu uso.

Muitos dos ingredientes usados em protetores solares foram encontrados em amostras de sangue, urina e leite materno⁽⁴⁾, havendo ainda a possibilidade de inalarmos os ingredientes tóxicos que se encontram nos protetores solares em spray. De acordo com vários estudos publicados pela FDA [Food and Drug Administration], ingredientes como a Oxibenzona, Octinoxato, Octisalato, Octocrileno, Homosalato e a Avobenzona são suspeitos de serem tóxicos para a nossa saúde, pois são absorvidos pelo corpo após uma só utilização e foram detectados na pele e na corrente sanguínea, semanas depois de já não serem utilizados⁽⁴⁾.

Mas afinal, como é que funcionam os protetores solares?

FILTROS QUÍMICOS VS FILTROS MINERAIS

Os filtros químicos (orgânicos) contêm moléculas que absorvem a radiação UV e a transformam em radiação de baixa energia, diminuindo o seu efeito nocivo, ao formarem uma proteção química na pele, que impede a penetração dos raios ultravioleta.
 
Contrariamente a isto, os filtros minerais (físicos/inorgânicos) permanecem na superfície da pele e formam uma barreira física composta por minerais, que reflete os raios UV. Neste caso, os estudos indicam que muito poucas ou nenhumas partículas conseguem penetrar na pele e alcançar tecidos vivos, sendo os filtros minerais considerados mais seguros para a nossa saúde.

Então, que tipo de protetor solar devo escolher?

Felizmente, existem cada vez mais protetores solares criados com a preocupação de nos protegerem contra os raios UV, sem prejudicarem a nossa saúde ou poluírem o Ambiente.
 
A melhor escolha que podemos fazer, é apostar em fórmulas naturais e orgânicas, livres de químicos, fragrâncias ou conservantes, que sejam vegan e não testadas em animais. Devemos optar por protetores solares que contenham filtros minerais, como o Óxido de Zinco, que não penetram na corrente sanguínea e protegem eficazmente a pele contra os raios UVA e UVB. Além disso, devemos certificar-nos de que a fórmula é considerada segura para os recifes de corais (reel-safe) e de que é não-nano mineral de amplo espectro.

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Lembra-te: Sê a mudança que queres ver na tua saúde!

– Escrito por Teresa Martins

– Fontes: ⁽¹⁾ Direção Geral de Saúde [DGS], in Verão » Radiação Ultravioleta; ⁽²⁾ Ordem dos Médicos, in Sol saudável todo o ano; ⁽³⁾ A Naturalíssima, in Proteção Solar Interna: Como reforçar a resistência da pele com alimentos e vitaminas; ⁽⁴⁾ Environmental Working Group [EWG], in The trouble with ingredients in sunscreens.

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